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A Cruz de Cristo

Foto do escritor: W. CunhaW. Cunha

Atualizado: 6 de out. de 2024

Olá, caro leitor! Venho aqui dar continuidade aos devocionais relacionados à paixão de Jesus Cristo. No último devocional (Vergonhoso sofredor), foi ministrado sobre o julgamento de Jesus diante de Caifás e diante de Pilatos. Pretendo, agora, entregar os detalhes sobre a crucificação de Jesus. Peço a Deus que toque o seu coração através da cruz.


 

Ao ouvir o escárnio e a pressão da multidão contra a vida de Jesus, Pilatos lavou suas mãos como forma de se declarar inocente, então entregou o Réu para ser crucificado (João 19:16). Jesus estava no limite, Seu corpo cheio de chagas não queria permanecer de pé. Diferente do que as mídias muitas vezes colocam acerca da crucificação, Jesus não levou a cruz inteira pelo caminho da via sacra. De maneira alguma isso reduz o Seu sacrifício ou o Seu sofrimento. A pilastra vertical da cruz já estava posta no Gólgota, aguardando por Ele, porém, ainda lhe cabia mais uma tarefa. A Ele fora dada a parte horizontal, na qual seus punhos seriam cravados posteriormente. Jesus carregaria essa viga de madeira, que pesava em torno de cinquenta quilos, diante de ruas semeadas de pedregulhos, caminhando descalço, enfrentando um percurso de em média seiscentos metros até o seu destino supremo: a morte de cruz. A viga de madeira estava em equilíbrio no Seu ombro, entretanto, a cada passo a madeira áspera reabre algumas de suas feridas. Está sem força. Seu corpo cai e a viga esfola Suas costas. E eis que “[...] encontraram um cireneu, chamado Simão, a quem obrigaram a carregar a cruz de Jesus” (Mateus 27:32).


Ao chegarem no Calvário, os carrascos rasgam as roupas de Jesus, sobrando apenas Sua túnica. Contudo, eles querem humilhá-Lo, “e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. Por isso, os soldados disseram uns aos outros: — Não a rasguemos, mas vamos tirar a sorte para ver quem ficará com ela” (João 19:23-24). Infelizmente, Sua túnica estava colada às feridas, portanto, ao tirarem-na dá a sensação de que se está arrancando uma das inumeráveis terminações nervosas fixadas dentro das chagas. Ao despirem Jesus, deitam-no no chão, com a linha dos ombros junto à viga horizontal que carregava. Os carrascos estendem os braços do condenado, posicionam o primeiro cravo - o cravo utilizado na crucificação possuía de 13 a 17 centímetros, com cabeça de 8 milímetros de largura - sobre o pulso - na linguagem antiga, os pulsos faziam parte das mãos. Na primeira marretada, o cravo fixa-se na madeira. Porém, algo ocorreu, uma dor insuportável se espalhou pelos dedos de Jesus, que correu pelos braços, chegando às costas como um chicote de fogo, até cair com fúria no cérebro. O cravo atingiu o nervo mediano, fixando-se nele.


“Você conhece o tipo de dor que sente quando bate o cotovelo e leva um 'choque'? Na verdade, você acertou um nervo, chamado ulnar. A dor é muito grande quando você o acerta em cheio. Bem, imagine esse nervo sendo apertado e esmagado por um alicate. A sensação seria parecida com a que Jesus experimentou. [...] A dor era totalmente insuportável. Na verdade, não havia palavras que pudessem descrevê-la. Foi necessário inventar uma palavra nova: dor excruciante. Essa palavra significa literalmente, 'originária da cruz'”.

-Alexander Metherell


Ao terminarem de fixar definitivamente o primeiro cravo, passam para o outro braço. Agora, os carrascos pegam a viga de madeira, um em cada extremo, e buscam erguer Jesus até a parte vertical da cruz. Assim concluído, Seu corpo fica suspenso por causa de Seu peso, mas os cravos ainda estão em contato com os nervos medianos. Os braços se estendem, e o nervo é esticado ao limite, como uma corda de violino. A cada abalo e movimento, se renovará a horrível dor causada pelos cravos.


De forma fria, os carrascos fixam o cravo nos pés de Jesus à madeira, atingindo entre o 2° e o 3° metatarso. O que será que passava pelos pensamentos de Cristo nesse momento? Jesus estava experimentando o pior método de condenação criado pelos homens. Seu corpo era castigado como um simples pedaço de carne. Enquanto estava na cruz, sentia dor e ouvia o escárnio da multidão. Como seguiu nos amando?


Nada comera nem bebera desde a tarde anterior. A garganta queima. O corpo não possui recursos para se defender. Muitas feridas abertas e sujas. Jesus terá que aguentar uma febre severa. Já estamos na metade do dia, faltam apenas algumas horas até Sua morte. Quando de repente, Seu corpo muda, há muita tensão em Seus músculos. Chegou o momento da tortura da cruz. Câimbras chegam para atormentar nosso Senhor, elas iniciam pelas mãos, percorrem pelos braços, chegando aos ombros. Os braços se encurvam de forma acentuada. A tensão chega nas pernas e vai até os pés. As câimbras não param, monstruosamente chegam ao abdômen, passando pelos músculos das costelas, depois os do pescoço e por fim, os músculos respiratórios.


Jesus inspira, porém, não consegue expirar. Os pulmões estão fartos de oxigênio. Seu rosto pouco a pouco se torna violeta por conta da asfixia. A morte se aproxima, entretanto, lentamente, com muito esforço, Jesus toma o ponto de apoio sobre o cravo dos pés. Ele consegue estender Suas pernas, as tensões musculares aliviam, a asfixia diminui e Seu rosto recupera a palidez inicial. Ao fazer isso, o cravo rasga seus pés e entra em contato com o tarso. Cristo troca uma dor por outra. Ele sabia que não era o momento de ir ao Pai. Escolheu essa dor para poder respirar e falar; o corpo de Jesus volta a ceder, as tensões retornam e a asfixia recomeça. Sete frases foram pronunciadas durante a cruz. Sete vezes, teve que suportar o cravo dos pés.


E eis que chega o grande momento, “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para que se cumprisse a Escritura, disse: — Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, aproximaram a esponja da boca de Jesus. Quando Jesus tomou o vinagre, disse: — Está consumado! [...]” (João 19:28-30). “Então Jesus clamou em alta voz: — Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou” (Lucas 23:46).


Conclusão


Essa palavra foi posta no meu coração há dois anos, a partir desse momento busquei me aprofundar nas últimas horas de Jesus. Escolhi não detalhar toda a trajetória do Getsêmani até o Calvário. Tentei ser objetivo, simples e também profundo. Caro leitor, se você acompanhou a narrativa sobre Jesus sendo crucificado, tenho apenas uma pergunta a lhe fazer: o que sentiu ao ler sobre as Suas dores? Quando eu decidi me aprofundar nesse assunto, em muitos momentos lágrimas foram derramadas, porém, em outros, tive um coração de pedra. Como posso eu, mero pecador, não demonstrar emoções ao ler sobre o Cristo crucificado? Então esse é o nível da nossa natureza caída? Sabendo que tudo que Ele fez e sentiu foi por amor a nós, como ouso em segurar minhas lágrimas? Leitor, não deixe seu coração endurecer como pedra, mas clame a Deus, para que o Seu amor faça-o derramar e ter um coração de carne. Um coração vivo, que bata para a glória de Deus. Se apaixone por Jesus dia após dia. Se entregue por completo. Lembre-se do que Ele suportou para te salvar e permitir que você viva eternamente ao Seu lado.



Nele temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça,

Efésios 1:7


Dou glória a Deus por cada palavra ministrada em meu coração.


(John 1:5 Full of Eyes Ministry. All Rights Reserved to it)

1 Comment


Corretor Vanderlei Cardoso
Corretor Vanderlei Cardoso
Sep 14, 2024

🙏 Glória Deus

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