Olá, caro leitor! Venho compartilhar uma palavra ministrada em meu coração. O tema dessa mensagem é sobre os fariseus, aqueles que armaram contra Jesus. Espero pacientemente que Deus use esse devocional para ministrar na sua vida.
Os lideres religiosos, aqueles que se diziam fiéis à Deus, negociaram a vida de um homem (Lucas 22:3-6), manipularam um julgamento (João 18:12-14;19-24), atropelaram as próprias leis (Mateus 26:57-68) e mesmo assim não queriam se contaminar para poder comer da Páscoa (João 18:28). Jesus provou ser o Messias inúmeras vezes, porém, estavam cegos com seus pecados para enxergarem a verdade. Corações resistentes como mármore. Mentes abertas apenas para coisas corruptíveis. “Porque, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças. Pelo contrário, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, e o coração insensato deles se obscureceu” (Romanos 1:21). É muito comum se indignar com a postura desse grupo, porém, é necessário questionar se não temos atitudes semelhantes. Gostaria que me acompanhasse em quatro tipos de ações dos sacerdotes:
• Miopia espiritual
Por isso, você é indesculpável quando julga os outros, não importando quem você é. Pois, naquilo que julga o outro, você está condenando a si mesmo, porque pratica as mesmas coisas que condena. (Romanos 2:1)
Os fariseus buscaram a todo custo achar um problema no réu, precisaram dar falso testemunho e distorcer as falas de Jesus. Entretanto, enquanto isso, a inveja deles aumentava, juntamente com o orgulho. Estavam tão preocupados em serem juízes de Cristo que atropelaram as leis que tanto diziam defender. E cabe a nós avaliarmos nossas últimas atitudes, aqui o apóstolo Paulo se refere àqueles que se fazem juízes dos outros invés de condenarem a si mesmo, pois cometem o mesmo pecado. Será que não buscamos observar o pecado alheio com uma lupa enquanto utilizamos uma venda nos olhos quando se trata dos nossos próprios pecados?
• O perigo da falsa interpretação teológica
Ou será que você despreza a riqueza da bondade, da tolerância e da paciência de Deus, ignorando que a bondade de Deus é que leva você ao arrependimento? (Romanos 2:4)
Oprimem os seus, adoram as riquezas, condenam quem os confronta, porém, se escondem na promessa de que são o povo escolhido de Deus. Se dizem ser filhos de Abraão, mas agem como filhos do diabo. Os sacerdotes usavam as promessas de Deus como escudo. Distorciam as Escrituras para serem favorecidos. E nós? Quantas vezes utilizamos da bondade e misericórdia de Deus para pecar? Quantas vezes usamos a graça como uma licença para desagradar a Deus?
“É um estágio avançado de degradação moral quando apelamos para o caráter de Deus, especialmente as riquezas da sua bondade, tolerância e longanimidade, a fim de permanecermos em nossos pecados, alegando que Deus é bom e demasiadamente longânimo para castigar quem quer que seja e, portanto, podemos pecar e permanecer impunes. Isso é distorcer as Escrituras para nos favorecer. Isso é afrontar a Deus e Sua Palavra. Isso é presunção, e não fé.”
- Hernandes Dias Lopes
• A falsa confiança na lei
Mas, se você diz que é judeu, confia na lei e se gloria em Deus; se você conhece a vontade de Deus e aprova as coisas excelentes, sendo instruído na lei; se você está convencido de que é guia dos cegos, luz dos que se encontram em trevas, instrutor de insensatos, mestre de crianças, tendo na lei a forma da sabedoria e da verdade — você, pois, que ensina os outros, não ensina a si mesmo? Você, que prega que não se deve roubar, rouba? Você, que diz que não se deve cometer adultério, adultera? Você, que detesta ídolos, rouba os templos? Você, que se gloria na lei, desonra a Deus pela transgressão da lei? (Romanos 2:17-23)
Os judeus tinham conhecimento da lei, e isso bastava para eles. Sabiam que não podiam transgredir os mandamentos de Deus, porém, viviam como queriam. Conhecimento sem obediência não passa de um falso refúgio. Diferente dos sacerdotes, precisamos viver de acordo com a palavra de Deus. Lemos sobre Jesus, sabemos que Ele deu ordens, mas apenas saber é suficiente? Estamos buscando seguir a vontade de Deus? Vivemos aquilo que tanto pregamos?
• A falsa confiança na circuncisão
Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, pelo Espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede de seres humanos, mas de Deus. (Romanos 2:28-29)
Garantiam a própria salvação baseado na circuncisão. Usavam esse rito para se sentirem superiores e especiais. Pensavam somente no que era visível, mas esqueceram do próprio coração. E nós, cristãos? Será que não colocamos nosso batismo ou o participar da Ceia como forma de se sentir especial? Ir a Igreja, ser batizado, tomar da Ceia ou servir em ministérios não nos coloca em um pedestal. Essas coisas são sim importantes, porém, se não houver entrega interior a Deus, de nada vai adiantar. Não podemos viver pelo que é visível e material, somos seres espirituais.
Para concluir, gostaria de declarar abertamente que só há um caminho, somos salvos pela graça de Deus através da fé em Jesus Cristo que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou dos mortos. Não podemos viver de maneira hipócrita, nos refugiando nas promessas, na bondade de Deus e nos ritos que nos foram ordenados, para pecar à vontade. Precisamos parar de nos concentrar somente nos erros alheios, e abrir os olhos para nossos pecados. Caso contrário, será fácil declararem contra nós que condenaríamos Jesus à morte, assim como os fariseus fizeram. Cristo é nosso único refúgio verdadeiro, e nEle não tem espaço para hipocrisia.
Mas, agora, sem lei, a justiça de Deus se manifestou, sendo testemunhada pela Lei e pelos Profetas. É a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem. Porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus apresentou como propiciação, no seu sangue, mediante a fé. Deus fez isso para manifestar a sua justiça, por ter ele, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos, tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, a fim de que o próprio Deus seja justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. Onde fica, então, o orgulho? Foi totalmente excluído. Por meio de que lei? A lei das obras? Não! Pelo contrário, por meio da lei da fé. Concluímos, pois, que o ser humano é justificado pela fé, independentemente das obras da lei. Ou seria Deus apenas Deus dos judeus? Será que não é também Deus dos gentios? Sim, também dos gentios, visto que Deus é um só, o qual justificará o circunciso a partir da fé e o incircunciso por meio da fé. Anulamos, então, a lei por meio da fé? De modo nenhum! Pelo contrário, confirmamos a lei.
Romanos 3:21-31
Dou glória a Deus por cada palavra ministrada em meu coração.

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