O Anel-Mestre, o "Um Anel". A obra suprema de malícia do vilão Sauron, da trilogia O Senhor dos Anéis, criada com o intuito de dominar toda a Terra-média. Com poucas linhas de um poema antigo do saber-élfico, é possível compreender a grandeza e o poder que esse anel possui.
"Um Anel que a todos rege, Um Anel para achá-los, Um Anel que a todos traz para na escuridão atá-los [...]"
Sem sombra de dúvidas essa era a ferramenta mais poderosa e maligna criada na Terra-média, capaz de corromper o coração mais nobre simplesmente ao tocar na superfície dourada e polida do Anel. Muitas foram as almas corroídas pelo seu poder. Contudo, o caso mais impactante dentre elas fora o pequeno Smeagle. O fascínio pelo Anel o tomou de tamanha forma que o levou a cometer atos inimagináveis e com o tempo o perverteu tanto ao ponto de desfigurar seu corpo e sua mente. Ele era escravo daquilo que lhe parecia dar poder. Aquilo que prometia força e liberdade o tornou doente e cativo. Por outro lado, houve outro personagem que mesmo estando constantemente próximo ao Anel-Mestre, permaneceu forte. Este foi Samwise Gamgee, ou "Sam" como era costumeiramente chamado. Ele era o empregado de Frodo que trabalhava como jardineiro em sua mansão, o Bolsão. Ele foi encarregado por Gandalf, o mago, de acompanhar Frodo para onde quer que fosse durante todo percurso de sua jornada. Tarefa essa que ele cumpriu com grande excelência, mesmo quando precisou carregar o seu senhor, literalmente, no colo até o alto da montanha da perdição. Sam, não conquistou nenhuma façanha épica ao longo da história. Não teve nenhum destaque heróico como Aragorn, Frodo ou Gandalf. Ele foi somente humilde e obediente a ordem que lhe foi dada. Todavia, essas qualidades mostraram-se ainda mais poderosas que o próprio Anel-Mestre do poder.
No nosso mundo, não há um Anel-Mestre, mas há um senhor sombrio que anseia por dominação e utiliza da suas artes de engano, sedução e corrupção para matar, roubar e destruir. Esse é Satanás, o inimigo do povo de Deus. Ele também promete força, influência, prazeres, contudo, assim como o Um Anel, essas falsas promessas terminam em escravidão. Só há uma maneira de sobrepujar esse poder. Jesus é muito claro quando diz aos discípulos que o maior e mais poderoso não é aquele que exerce dominação sobre outros ou que expressa força conquistadora, mas aquele diligentemente e humildemente serve aos outros.
Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". (Mateus 20.25-228 NVI)
Poder e influência, em essência, não são atributos maus ou indesejáveis, pelo contrário, se bem utilizados podem exercer um impacto profundo, íntimo e sobretudo positivo na vida de muitas pessoas. Jesus tinha todo o poder e influência, mas o que realmente mostrava a sua força era a maneira humilde e obediente na qual ele sujeitava esse poder e o utilizava para servir aos outros. Que possamos ser como Jesus, receber dEle o seu poder, assim como Ele nos prometeu, mas para usa-lo como um verdadeiro cidadão do céu, com humildade, obediência e diligência em servir ao próximo.

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