Olá, caro leitor! Espero que esteja bem, venho aqui nesse devocional comentar sobre um homem que participou do processo da condenação de Jesus. Uma autoridade romana da época. Pôncio Pilatos. Para quem não se recorda, Pilatos foi a autoridade romana que julgou e condenou Jesus. Já li muitas opiniões a respeito desse homem, uns dizem que ele é injustiçado, apenas um inocente oprimido pela multidão, outros dizem que é culpado, com sangue nas mãos. Não estou aqui para formar uma opinião, mas para questionar, será que somos tão diferentes de Pilatos?
Caso não se recorde dos acontecimentos, vou lhe explicar. Os sacerdotes, após julgarem Jesus de forma suja e o condenarem injustamente, levam o réu para ser julgado pelas autoridades romanas. Pilatos interroga Jesus, porém, claramente não vê crime algum, apenas a inveja dos fariseus. A multidão corrompida se indigna com as decisões de Pilatos e começa a pressionar de muitas maneiras. Ao se ver encurralado, Pilatos começa a usar manobras evasivas para se livrar desse caso e agradar ambos os lados.
Uma coisa é fato, Pilatos tinha consciência da inocência de Jesus. Seu coração estava inclinado pro lado correto. Percebeu a inveja dos acusadores e reconheceu que não havia crime no réu. Tanto que constatou Sua inocência três vezes:
- Lucas 23:4
- Lucas 23: 14-15
- Lucas 23:22
Entretanto, caiu na pressão da multidão, a partir daí buscou meios para se livrar do caso. Querendo agradar o povo, mas também não querendo sujar suas mãos com sangue inocente, Pilatos faz tentativas evasivas:
- Pilatos tentou deixar o caso de Jesus nas mãos dos Judeus (João 18:31 e 19:6);
- Pilatos tentou transferir a responsabilidade enviando Jesus a Herodes (Lucas 23:5-12);
- Pilatos tentou descartar Jesus com meias medidas (Lucas 23:16,22).
Pilatos busca mais uma opção para soltar Jesus. Lembrou de um ato costumeiro: a soltura de um prisioneiro na época da Páscoa. Lembrou-se do pior homem que tinha preso, Barrabás. Pilatos tentou fazer a coisa certa (soltar Jesus), pela forma errada (a escolha da multidão). O povo queria sangue inocente. O orgulho e a inveja prevalecem no julgamento. E eis que Pilatos manda Jesus para ser açoitado. Torturando um réu inocente, Pilatos se mostra um homem cruel e covarde, pois pune Jesus apenas para o possível agrado da multidão. Vale ressaltar que Pilatos agiu contra as leis de Roma, sendo Jesus inocente, deveria ser solto imediatamente, e não açoitado primeiro.
“A partir desse momento, Pilatos queria soltá-lo, mas os judeus gritavam: — Se você soltar este homem, não é amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César!” (João 19:12). Pilatos se rende, mesmo tendo consciência da inocência de Jesus. Pilatos foi mais um homem que rejeitou a eternidade para desfrutar da vida terrena.
Conclusão
Vamos caminhar juntos sobre esse momento histórico e observar nosso próprio coração. Gostaria de separar essa conclusão em três pontos contínuos:
• Primeiramente, Pilatos tem que julgar uma situação: qual lado está correto, Jesus ou os sacerdotes. Com o mínimo de esforço, o governador romano vê claramente que o réu é inocente e que os fariseus estão corrompidos pela inveja. Passamos por muitas decisões no dia a dia, onde é necessário discernir nossas opções e escolhas. Onde muitas delas são sobre se inclinar ao Espírito ou a carne. Jesus ou o diabo. O Pai ou o mundo. Nós temos que discernir aquilo que agrada a Deus e nos afastarmos daquilo que agrada nossos desejos pecaminosos;
• Em segundo lugar, Pilatos tentou fugir do caso. Ao ver que qualquer decisão poderia prejudica-lo, tentou agradar os dois lados. Se livrando de Jesus e satisfazendo a multidão. Não podemos fugir das escolhas da vida. Deus quer saber que caminho iremos tomar. Ficar em cima do muro não agrada a Deus. Por mais prejudicial que seria o motim da multidão, o correto era soltar Jesus. Nunca iremos nos arrepender de escolher o caminho que Deus preparou para nós. Acha que podemos fugir de nossas escolhas? Assim como a consciência pressionou Pilatos, assim será com nós. Não fuja!
• Por fim, uma decisão foi tomada, Jesus foi condenado a morte. Sabemos de todo o plano da salvação, onde Jesus teria que morrer pelos nossos pecados. Porém, é interessante saber que escolher o mundo nos destrói. Pilatos se fez inocente e agradou os fariseus. Sabemos que há sangue em suas mãos. Caro leitor, sempre que escolhemos agradar o mundo, haverá sangue em nossas mãos. Escolher o pecado é crucificar Jesus novamente. Pilatos foi misericordioso com Jesus até o momento que esse julgamento se tornou um problema para ele. Foi um homem conveniente.
Examina-me, Senhor, e prova-me; sonda o meu coração e os meus pensamentos.
Salmos 26:2
Dou graças da Deus por cada palavra ministrada em meu coração.

( 2 Corinthians 5:21 Full of Eyes Ministry. All Rights Reserved to it)
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